A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PREVISÃO DE COMPORTAMENTO SUICIDA: UMA ANÁLISE DO PROGRAMA THOTH

Autores

  • Thaís dos Santos Carneiro Faculdade Santana
  • Aline do Nascimento Pereira IESSA
  • Ricardo Dzierva IESSA
  • Edimara Gomes Rambo

Resumo

A ideação suicida é uma manifestação complexa que envolve pensamentos persistentes sobre suicídio e pode ser o primeiro estágio em uma escalada que leva à tentativa de suicídio ou até mesmo ao suicídio consumado. Segundo a Organização Mundial de Saúde (2008), estima-se que cerca de 800.000 pessoas morram por suicídio todos os anos, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. Esse dado alarmante destaca a necessidade de intervenções eficazes para identificar e auxiliar aqueles em risco de ideação suicida. Nos últimos anos, o avanço das tecnologias digitais revolucionou diversas áreas, incluindo a saúde mental, como por exemplo, terapia de exposição com o auxílio da realidade virtual (Freeman, 2017). A tecnologia da aprendizagem de máquina permite novas formas de coleta e análise de dados sobre o comportamento humano. Recentemente, no Rio Grande do Sul, surgiu de estudantes de pós-graduação em computação aplicada, a idealização de um programa que utiliza inteligência artificial para prevenir suicídios. Esta é uma pesquisa de caráter qualitativo que, conforme Minayo (2009), aborda questões mais específicas e está relacionada a uma realidade que não pode ser medida quantitativamente. O objetivo principal é de divulgar os resultados da dissertação para aumentar o conhecimento sobre o uso de modelos computacionais, como o Thoth, no campo da saúde mental, especialmente na identificação e prevenção de ideação suicida, e ainda, como objetivos específicos incentivar a adoção de tecnologias de inteligência artificial, uma vez que os indivíduos utilizam demasiadamente o celular; e motivar a realização de novas pesquisas que possam validar, melhorar e expandir aplicações de inteligência artificial na saúde mental. O modelo foi projetado para integrar dados de diferentes fontes, como sensores digitais, questionários psicológicos e redes sociais, organizados em uma ontologia específica denominada "Ontologia de Ideação Suicida Baseada em Contexto". O modelo processa dados obtidos para identificar sinais de alerta de ideação suicida, enviando relatórios e alertando cuidadores, como familiares, amigos e profissionais de saúde. Assim, possibilita intervenções rápidas e personalizadas, aumentando as chances de prevenção de suicídios. Além disso, utiliza um sistema multiagente, onde diferentes agentes independentes desempenham papéis específicos. O Agente Coletor de Dados captura novas informações dos pacientes e envia ao Agente de Contexto, que estrutura esses dados em um banco de dados de Histórias de Contexto, o Agente, por sua vez, analisa os dados para identificar riscos atuais e futuros, acionando alguém da rede de apoio. O aplicativo fora desenvolvido onde três voluntários com potencial risco de ideação suicida o utilizaram de 25 a 36 dias, e o resultado obtido foi positivo, com 96,44% de previsão. É possível perceber que o programa possui resultados promissores, testes com voluntários também revelaram uma simplificação do protótipo desenvolvido, destacando a praticidade, facilidade de uso e a potencialidade para disciplinas mais rápidas e assertivas. O modelo Thoth representa um avanço significativo na abordagem da ideação suicida oferecendo uma solução integrada e inteligente que pode melhorar a detecção precoce e a resposta às situações de risco, facilitando intervenções eficazes e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

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Publicado

18-10-2024

Como Citar

A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NA PREVISÃO DE COMPORTAMENTO SUICIDA: UMA ANÁLISE DO PROGRAMA THOTH. (2024). Anais Da Jornada Científica Dos Campos Gerais, 22. https://iessa.edu.br/revista/index.php/jornada/article/view/2686