A VISÃO DOS PAIS/ RESPONSÁVEIS SOBRE OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM INFANTIL

REFLEXÕES PARA A FONOAUDIOLOGIA

Autores

  • Marina Vale Faculdade Santana
  • Naéllin Dziuba Faculdade Santana
  • Karine Gottwald Faculdade Santana
  • Lucio Mauro Braga Machado

Resumo

O desenvolvimento da linguagem infantil é um marco essencial para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional da criança. Nos primeiros anos de vida desenvolvimento da linguagem perpassa por uma intensa plasticidade cerebral e aquisição de habilidades comunicativas. Segundo Duarte (2024) esse percurso do desenvolvimento é caracterizado como os marcos do desenvolvimento da linguagem, e estabelece parâmetros para acompanhar o progresso infantil e auxiliar na detecção precoce de alterações. Neste processo os pais possuem o papel essencial, pois tem o contato diário no desenvolvimento dos filhos e são os primeiros a identificar os sinais de atraso no desenvolvimento da linguagem.  Contudo, expressões culturalmente enraizadas, como “cada criança tem seu tempo”, frequentemente levam à naturalização de comportamentos atípicos, retardando o encaminhamento ao fonoaudiólogo e comprometendo a intervenção precoce. Assim, o objetivo deste estudo é compreender como esses responsáveis percebem os sinais de alerta no desenvolvimento linguístico identificando quais são fatores que os responsaveis reconhecem como atraso. Este estudo consistiu em uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de reunir evidências qualitativas e quantitativas sobre a percepção dos pais acerca do desenvolvimento da linguagem infantil. A pesquisa foi realizada na base Google Acadêmico, com seleção sistemática dos estudos. Embora não tenha envolvido participantes diretamente, o estudo é relevante por fornecer subsídios para a prática clínica em Fonoaudiologia, apoiando a orientação familiar e a compreensão dos fatores que influenciam a percepção parental, além de contribuir para estratégias de detecção e intervenção precoce no desenvolvimento da linguagem. Os resultados da pesquisa qualitativa de Nascimento e Silva (2023) 61,5% percebem e recorrem primeiramente a plataforma Google, 75% recebem informação em (CMEIs). Santos (2022) aponta que os pais percebem por volta dos 4 anos quando apresenta dificuldade de fonemas. Herculano (2022) ao estudar a percepção de pais de crianças de 0 a 18 meses em que apenas 35,29% percebem alterações e na área da linguagem receptiva e que a criança deve estar falando ao menos 3 palavras não obteve nenhuma resposta. Melo, Backes e Mota (2015), ao realizar entrevistas observou-se uma multiplicidade de interpretações  dos pais sobre as causas dos atrasos, variando entre fatores genéticos, emocionais, físicos ou comportamentais. A discussão dos estudos apontou uma percepção limitada dos pais a respeito dos sinais de alerta do desenvolvimento da linguagem evidenciando um atraso na procura por avaliação especializada o que compromete uma intervenção precoce, e traz impactos negativos no desenvolvimento social, emocional e acadêmico da criança. Nota-se uma urgência na implementação de estratégias educativas acessíveis, voltadas à orientação das famílias sobre os marcos do desenvolvimento da linguagem, bem como campanhas que valorizem o papel do fonoaudiólogo na avaliação e intervenção precoce. Conclui-se que ainda existem lacunas relevantes nos estudos sobre o assunto e sobre conhecimento dos pais e responsáveis acerca do desenvolvimento da linguagem infantil. Investir em ações interdisciplinares de saúde e educação, bem como em pesquisas mais abrangentes, é fundamental para ampliar a percepção parental e ampliar estudos para a atuação fonoaudiológica e garantir que crianças com sinais de atraso tenham acesso oportuno a intervenções eficazes.   

Biografia do Autor

  • Naéllin Dziuba, Faculdade Santana
     O desenvolvimento da linguagem infantil é um marco essencial para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional da criança. Nos primeiros anos de vida desenvolvimento da linguagem perpassa por uma intensa plasticidade cerebral e aquisição de habilidades comunicativas. Segundo Duarte (2024) esse percurso do desenvolvimento é caracterizado como os marcos do desenvolvimento da linguagem, e estabelece parâmetros para acompanhar o progresso infantil e auxiliar na detecção precoce de alterações. Neste processo os pais possuem o papel essencial, pois tem o contato diário no desenvolvimento dos filhos e são os primeiros a identificar os sinais de atraso no desenvolvimento da linguagem.  Contudo, expressões culturalmente enraizadas, como “cada criança tem seu tempo”, frequentemente levam à naturalização de comportamentos atípicos, retardando o encaminhamento ao fonoaudiólogo e comprometendo a intervenção precoce. Assim, o objetivo deste estudo é compreender como esses responsáveis percebem os sinais de alerta no desenvolvimento linguístico identificando quais são fatores que os responsaveis reconhecem como atraso. Este estudo consistiu em uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de reunir evidências qualitativas e quantitativas sobre a percepção dos pais acerca do desenvolvimento da linguagem infantil. A pesquisa foi realizada na base Google Acadêmico, com seleção sistemática dos estudos. Embora não tenha envolvido participantes diretamente, o estudo é relevante por fornecer subsídios para a prática clínica em Fonoaudiologia, apoiando a orientação familiar e a compreensão dos fatores que influenciam a percepção parental, além de contribuir para estratégias de detecção e intervenção precoce no desenvolvimento da linguagem. Os resultados da pesquisa qualitativa de Nascimento e Silva (2023) 61,5% percebem e recorrem primeiramente a plataforma Google, 75% recebem informação em (CMEIs). Santos (2022) aponta que os pais percebem por volta dos 4 anos quando apresenta dificuldade de fonemas. Herculano (2022) ao estudar a percepção de pais de crianças de 0 a 18 meses em que apenas 35,29% percebem alterações e na área da linguagem receptiva e que a criança deve estar falando ao menos 3 palavras não obteve nenhuma resposta. Melo, Backes e Mota (2015), ao realizar entrevistas observou-se uma multiplicidade de interpretações  dos pais sobre as causas dos atrasos, variando entre fatores genéticos, emocionais, físicos ou comportamentais. A discussão dos estudos apontou uma percepção limitada dos pais a respeito dos sinais de alerta do desenvolvimento da linguagem evidenciando um atraso na procura por avaliação especializada o que compromete uma intervenção precoce, e traz impactos negativos no desenvolvimento social, emocional e acadêmico da criança. Nota-se uma urgência na implementação de estratégias educativas acessíveis, voltadas à orientação das famílias sobre os marcos do desenvolvimento da linguagem, bem como campanhas que valorizem o papel do fonoaudiólogo na avaliação e intervenção precoce. Conclui-se que ainda existem lacunas relevantes nos estudos sobre o assunto e sobre conhecimento dos pais e responsáveis acerca do desenvolvimento da linguagem infantil. Investir em ações interdisciplinares de saúde e educação, bem como em pesquisas mais abrangentes, é fundamental para ampliar a percepção parental e ampliar estudos para a atuação fonoaudiológica e garantir que crianças com sinais de atraso tenham acesso oportuno a intervenções eficazes.
  • Karine Gottwald, Faculdade Santana
     O desenvolvimento da linguagem infantil é um marco essencial para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional da criança. Nos primeiros anos de vida desenvolvimento da linguagem perpassa por uma intensa plasticidade cerebral e aquisição de habilidades comunicativas. Segundo Duarte (2024) esse percurso do desenvolvimento é caracterizado como os marcos do desenvolvimento da linguagem, e estabelece parâmetros para acompanhar o progresso infantil e auxiliar na detecção precoce de alterações. Neste processo os pais possuem o papel essencial, pois tem o contato diário no desenvolvimento dos filhos e são os primeiros a identificar os sinais de atraso no desenvolvimento da linguagem.  Contudo, expressões culturalmente enraizadas, como “cada criança tem seu tempo”, frequentemente levam à naturalização de comportamentos atípicos, retardando o encaminhamento ao fonoaudiólogo e comprometendo a intervenção precoce. Assim, o objetivo deste estudo é compreender como esses responsáveis percebem os sinais de alerta no desenvolvimento linguístico identificando quais são fatores que os responsaveis reconhecem como atraso. Este estudo consistiu em uma revisão integrativa da literatura, com o objetivo de reunir evidências qualitativas e quantitativas sobre a percepção dos pais acerca do desenvolvimento da linguagem infantil. A pesquisa foi realizada na base Google Acadêmico, com seleção sistemática dos estudos. Embora não tenha envolvido participantes diretamente, o estudo é relevante por fornecer subsídios para a prática clínica em Fonoaudiologia, apoiando a orientação familiar e a compreensão dos fatores que influenciam a percepção parental, além de contribuir para estratégias de detecção e intervenção precoce no desenvolvimento da linguagem. Os resultados da pesquisa qualitativa de Nascimento e Silva (2023) 61,5% percebem e recorrem primeiramente a plataforma Google, 75% recebem informação em (CMEIs). Santos (2022) aponta que os pais percebem por volta dos 4 anos quando apresenta dificuldade de fonemas. Herculano (2022) ao estudar a percepção de pais de crianças de 0 a 18 meses em que apenas 35,29% percebem alterações e na área da linguagem receptiva e que a criança deve estar falando ao menos 3 palavras não obteve nenhuma resposta. Melo, Backes e Mota (2015), ao realizar entrevistas observou-se uma multiplicidade de interpretações  dos pais sobre as causas dos atrasos, variando entre fatores genéticos, emocionais, físicos ou comportamentais. A discussão dos estudos apontou uma percepção limitada dos pais a respeito dos sinais de alerta do desenvolvimento da linguagem evidenciando um atraso na procura por avaliação especializada o que compromete uma intervenção precoce, e traz impactos negativos no desenvolvimento social, emocional e acadêmico da criança. Nota-se uma urgência na implementação de estratégias educativas acessíveis, voltadas à orientação das famílias sobre os marcos do desenvolvimento da linguagem, bem como campanhas que valorizem o papel do fonoaudiólogo na avaliação e intervenção precoce. Conclui-se que ainda existem lacunas relevantes nos estudos sobre o assunto e sobre conhecimento dos pais e responsáveis acerca do desenvolvimento da linguagem infantil. Investir em ações interdisciplinares de saúde e educação, bem como em pesquisas mais abrangentes, é fundamental para ampliar a percepção parental e ampliar estudos para a atuação fonoaudiológica e garantir que crianças com sinais de atraso tenham acesso oportuno a intervenções eficazes. 

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Publicado

22-10-2025

Como Citar

A VISÃO DOS PAIS/ RESPONSÁVEIS SOBRE OS MARCOS DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM INFANTIL: REFLEXÕES PARA A FONOAUDIOLOGIA. (2025). Anais Da Jornada Científica Dos Campos Gerais, 23. https://iessa.edu.br/revista/index.php/jornada/article/view/2955