A REPRESENTAÇÂO SIMBOLICA DO PROFANO E DO SAGRADO, NA ANÁLISE DA OBRA MADAME BOVARY, DE FLAUBERT

Autores

  • Joanire de Souza Pinto Feevale
  • Daniel Conte Feevale
  • Jéssica Maís Antunes Feevale
  • Rosemari Lorenz Martins Feevale

Palavras-chave:

Dessacralização. Experiência religiosa. França. Fato religioso. Romance.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo analisar o movimento das ações da protagonista Emma, sobre o eixo de sua realidade religiosa, sob a qual se sucede uma série de atitudes ditas sagradas ou profanas e sua representação simbólica na obra Madame Bovary de Gustave Flaubert. O estudo é de cunho bibliográfico, vale-se de pesquisas como a do filósofo Gilles Lipovestsky (2005), Mircea Eliade (1986).  Quanto aos resultados, vale ressaltar a forte influência da Igreja na decisão do papel da mulher na sociedade desta época e constata-se que as atitudes de Emma Bovary trazem consigo valores, vivências e experiências religiosas, além de ser moldado pelo seu comportamento em todos os planos da sua existência, mas é evidente no desejo do sujeito religioso de mover-se unicamente num mundo santificado, quer dizer, num espaço sagrado.

Biografia do Autor

  • Joanire de Souza Pinto, Feevale
    Graduada em Letras - Português e Inglês pela Universidade Feevale.  Educadora Social do Centro Social Madre Regina, Novo Hamburgo, RS, assessora de comunicação, captação de recursos e marketing, na assessoria de planejamento de atividades socioeducativas, para crianças e adolescentes vinculadas ao Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Coordena o projeto Inclusão produtiva para mulheres. 
  • Daniel Conte, Feevale
    Bolsista de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (PQ-CNPq), Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Processos e Manifestações Culturais (PPGPRO) da Universidade Feevale.  Doutor em Literatura Brasileira, Portuguesa e Luso-Africana e mestre em Literatura Comparada. Professor permanente e pesquisador da Universidade Feevale, atuando na Pós-Graduação em Processos e Manifestações Culturais e no Mestrado Profissional em Indústria Criativa. 
  • Jéssica Maís Antunes, Feevale
    Doutoranda do curso de Diversidade Cultural e Inclusão Social da Universidade Feevale. Mestra em Letras. Integrante do Grupo de Pesquisa em Leitura, Letramentos, Tecnologias e Inclusão Social - LLETIS, da Universidade Feevale.
  • Rosemari Lorenz Martins, Feevale
    Doutora em Letras. Coordenadora do Programa em Diversidade Cultural e Inclusão Social e professora do curso de Letras da Universidade Feevale. 

Referências

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Publicado

13-12-2023

Como Citar

A REPRESENTAÇÂO SIMBOLICA DO PROFANO E DO SAGRADO, NA ANÁLISE DA OBRA MADAME BOVARY, DE FLAUBERT. (2023). Faculdade Sant’Ana Em Revista, 7(2), p. 558 - 581. https://iessa.edu.br/revista/index.php/fsr/article/view/2324

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