A RODA DE CONVERSA COMO METODOLOGIA ANTIRRACISTA E ANTISSEXISTA NUMA SALA DE AULA COM ESTUDANTES DEFICIENTES VISUAIS
Palavras-chave:
Gênero; Raça; deficientes visuais; instituição especializada, roda de conversaResumo
Este artigo tem como motivação elucidar um relato de experiência da metodologia de rodas de conversa dentro de uma instituição especializada em deficiência visual. Tal iniciativa docente partiu do pressuposto da existência de um apagamento das questões de temáticas de " Raça" e " Gênero e Sexualidade" tanto por parte das famílias de educandos deficientes visuais como por uma parcela do corpo docente. Pelo fato de indivíduos deficientes visuais dependerem de adaptações de outros sentidos, a pesquisadora e professora da instituição supõe a construção de esteriótipos dos mesmos enquanto passíveis de subjetivação ou dependentes da construção da sua identidade pelo "outro". O estudo balizou-se nas experiências vivenciadas por uma turma de alunos deficientes visuais em duas rodas de conversa versando sobre os temas: " A condição da mulher e violência na nossa sociedade" e " Racismo e escravidão". A metodologia adotada levou em consideração os questionamentos previamente levantados pelos educandos DV e a construção do conhecimento a partir de um processo dialógico e aberto. Com isso, contatou-se nas vivências docentes da roda de conversa que embora o assunto de "Gênero e Sexualidade" seja muito provocativo no coletivo de estudantes, as questões de raça e negritude produzem um silenciamento do grupo,reverberando o apagamento das questões curriculares sobre " Raça" num espaço de Educação Especial.Referências
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